sábado, 11 de dezembro de 2010

Para quem gosta (ou quer gostar) de dançar


Quem não faz gosto de frases de efeito? Fogo é encarar a diversidade das traduções, quando ficam famosas, mas trago a que encontrei primeiro de uma das mais clássicas de Friedrich Wilhelm Nietzsche "Somente quem tem o caos dentro de si pode dar à luz uma estrela bailarina."

Lemos aos fragmentos, e aos textos desagregados, às passagens e citações, às expressões pulverizadas pelos sistemas do mundo, com muita "normalidade", não? "Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar" é outra oração que leva a sério desta bela arte tão partilhada e apreciada.

Geralmente parabenizamos quem se liga, aprofunda, ou se qualifica de alguma forma para situar questões, mas aqui vai uma singela homenagem a quem baila, bicho ou gente, mesmo que insista em colocar esses sons para organizarem visuais ou movimentos (quando a coisa fica "animal" de mais, não seria recurso até recomendável, mesmo sobrepondo muitas "informações"?). Bons passos e balanços aos nossos navegantes, e durma-se com algum embalo desses!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Nota sobre a pesquisa de Imagens


Evidentemente nos deparamos com muitas figuras não explicadas, ao contrário desta aqui, de uma escultura que mais me parecia um monumento às fileiras de cinema, mas que é de fato "um documento de 1972, momento em que determinei que as pessoas importantes constituiriam o sofá”, diz Pye Engstron (Estocolmo-Suécia). Talvez não houvesse por que fazer referência às "companias" de Paulo Freire ali, ou “linkar” o blogue em que a encontrei, nessas buscas de imagens de “trabalho escolar” com outras coisas e “mapas”. Mas ao menos guardo a informação, com outras, que ainda podem render descobertas!

sentidos da aprendizagem que se imprimem aos documentos do trabalho escolar


No mais, o registro das questões “de onde viemos?” e “para onde vamos?” se reflete no que se esperaria de qualquer trabalho escolar enquanto documentação apreciável de um processo de aprendizagem: o que se pretendia (introdução), como se pensou isso (desenvolvimento), eventualmente com quais outros recursos se pensa também poder fazer (metodologia, quando há uma contribuição para novos caminhos, ou uma disposição de empregabilidade, e portanto a “grande novidade” geralmente reservada à academia, à ciência), e o que se avalia da experiência com o assunto (conclusão, geralmente recapitulando os balanços apresentados).


Ao menos uma apresentação introdutória do tema e da pesquisa ou do seu projeto em particular, com sua série de desdobramentos e desenvolvimentos, e uma conclusão correspondendo ao que se propunha na introdução, se praticavam nas minhas escolas fundamentais e ainda espero que saibam (ou aprendam a) fazer em escolas de ensino médio. Por exemplo, em Geografia íamos frequentemente mais a enciclopédias e almanaques do que aos próprios mapas, e basicamente trocávamos as expressões para não transparecer maior crueza da cópia ou “preguiça de pensar” (em História já alternávamos narrativas e descrições, levantando interpretações explicáveis, justificadas, dos acontecimentos).


Acredita-se (e imagino) que exercitar tais letramentos melhorem inúmeras outras modalidades da organização de saberes, mas que ao menos umas formalidades façam sentido, principalmente para os estudantes (aos quais tantos estamos mais diretamente voltados). Possuir parâmetros, afinal, também podem servir, multiplicando a força dos próprios exemplos, como modelos condizentes, para romper com eventuais vícios (já tão revoltantes) que nos submetem. Em termos de iniciação ou matéria de Filosofia, essas formas do “trabalho” organizam o caráter criativo do pensamento crítico, dinamizando comunicações e abrindo caminho para podermos falar/tratar dos meios, dos métodos (e enquanto atitudes, por sinal, e “cultura”).

Empregando a primeira pessoa... do plural.


Do que é que estamos “falando”?
Gente, épocas, e exibição de realizações e posicionamentos orientados literariamente e situados (social e politicamente) com respeito às transformações e aos conflitos da sua própria cultura ou civilização: por mais contagiante o assunto, cabe perguntar
Por que?
Os saberes tem sido usados como formas de domínio cada vez mais, e sensíveis (embora haja controvérsias), se alterando conforme os disputamos, enchendo ou montando feiras e exposições ou painéis puxando reflexões que podem até ser mais interessantes em segundos momentos do que na sua própria definição ou configuração inicial, mas no mínimo mobilizam atitudes e elaboram sim preferências e referências, posturas e linguagens (meditações e gestos, atos).
Minha resposta já aponta a outra, para probemas de tempo e práticas com diversas opiniões de qual seria o melhor momento para o que vale a pena: o que será melhor fazer – ou mesmo seguir batalhando para que eventualmente seja feito? Convenhamos serem questões raramente discutidas, mas não raro aludidas pelos estudantes em termos de discrepâncias irreconciliáveis ou, ainda mais escandalosamente, de divisões “naturais” entre os colegas e os convivas. Vale a resposta prática, que manuseia as fontes de documentação estudantil e escolar produzindo e aprimorando conhecimentos, como sugerimos, mais altas repercussões, em que se espera que os outros tenham prioridades que correspondam. Ao menos quando demonstram-se prioridades a envolverem “o outro”, operacionalizando a diversidade do seu juízo. Caso contrário acusamos as condições do tempo, das relações no trabalho, no amor, na sorte ou até mesmo nos estudos. Mas as prioridades deveriam supor (inclusive) objetivos satisfatórios mínimos e uma série de meios, talvez mais ou menos gratificantes, nas suas realizações – razão pela qual pode ser tão dramática, inclusive, a falha no entendimento dos sinais dos outros, ou a desmotivação para acordarmos expressões de boa intencionalidade e “bom gosto”, respeito e até eventualíssima exaltação.
A escola, ainda mais que o blogue, é um lugar de encontro e lida com a diversidade dos ajuizamentos e dos “juízos”, em que aprendemos a lidar com os tempos de cada atividade e correspondência, eventualmente em termos de notas correspondentes. Nossas produções são sempre datadas, e isso se pesa – conforme podem se enriquecer com as novas produções – para evitar privilegiamentos, tão somente. Dificuldades no planejamento e na própria previsibilidade abalam a credibilidade, um valor operacional do professor, que entretanto segue prometendo ajudar quem não larga mão de fazer por si a diferença, não desiste de comparecer e contribuir com sua letra, sua expressão de leitura, sua problematização e eventuais conclusões. Em forma de redações, cujas oportunidades mais comprometidas se dão em cada fraseado interrogativo lançado em aula (e aqui repercutidas), relatório de discussão em grupo, pesquisa, também de estilo coletivo, plural, ou mesmo individual, reportando pessoalmente a composição – digamos que de informes e posicionamentos – e/ou projeto em questão. Por exemplo, tematizei no parágrafo anterior um assunto ético/moral que bem pode ser apreciado, desenvolvido (e avaliado), através da pergunta:
Podemos esperar que os outros tenham prioridades que correspondam ao(s) nosso(s) valor(es)/objetivo(s), quando?

domingo, 5 de dezembro de 2010

O Rio de Janeiro Continua Lindo!


O bordão de antológico samba do Gilberto Gil pega agora pesado? Bem relativamente, mas não como o transito usual entre os gostos diversos na moda, ou mesmo eventualmente entre propostas políticas: com um lugar tão afetivamente carregado, o distanciamento é uma arte ainda mais difícil. Os resultados das operações policiais militarizadas ali recebem várias coberturas televisivas com tomadas que poderiam sim nos tocar mais ou menos "de perto". Claro que as coisas nem sempre são como aparentam. Na tradicional adaptação da alegoria da caverna realizada por "Maurício de Souza", a inescapável analogia é entre as cadeias de televisão e as correntes de uma sofisticada escravidão. Hoje em dia até parece que nem precisaríamos aprofundar nalguma filosofia da História em especial para, notando os ângulos e interesses de cada veículo de comunicação, desenvolver consistentes suspeitas... Alguém, por sinal, duvida que a TV seja capaz de ditar (e eventualmente impor) comportamentos? Ou alguém duvida que um momento de bobeira diante de comerciais seja uma informação importante a menos? Mas outras narrações, até informando, ou lembrando, de conflitos históricos, são mais que importantes, mesmo quando em "contrapontos", e um pouco como os nossos movimentos cotidianos de alfabetização, ou filosóficos.


Algumas entrevistas ao menos fazem abrir olhos para alguns pingos nos is, como na própria TVE, o Roda Viva com Luiz Eduardo Soares – antropologo e ex-Secretario Nacional de Seguranca Publica, e inclusive de Segurança Pública do RJ, escritor dos livros Cabeca de Porco (com MV Bill e Thaide), Espirito Santo, Elite da Tropa (com Rodrigo Pimentel do BOPE) – fazendo históricos de onde esbarraram os projetos de política de segurança para o Rio de Janeiro (com Garotinho anunciando a sua candidatura à presidência, mudando a coalisão política) e para o país (com um pessoal barra pesada aconselhando o Lula a não chamar para si a tarefa mínima e finalmente acordada, pelo próprio Luíz Eduardo entre os governadores). Compensa conferir também essa sua expressão blogueira que tem muitos "momentos", também mantendo uma expressão articulada, até condizente com a "agitação cultural" do Roda Viva, atualizada e focada no reconhecimento de processos históricos ignorados pela TV e em tantas gestões institucionais.

Selecionei mais uma entrevista de fôlego e elucidativa (esta colhida de "rede social", por ente muito querida), um alerta tocante aos (pós-)conceitos flagrados na tv e finalmente um artigo elegante e sucinto a respeito das mudanças pelas quais seguimos no mínimo "torcendo".

Um Centro para a Matéria de Filosofia?!


Há opiniões correntes e opiniões “corretas” (ortodoxias), que o eclético e o filósofo são frequentemente acusados de burlarem enquanto regras do bom senso, inclusive atualizando tipologias do que seria a saúde mental e da insanidade, de viagem e da demência, da loucura e da ilusão, dos trabalhos e dos jogos. Na verdade a emergência dos filósofos na história que se levanta se dá com fórmulas (ou máximas, aforismas, “fragmentos”, etc.) que também operam com poderes reais do pensamento e da palavra ainda impregnada dessas idéias em ação, e como divisores de águas entre as forças de expressão, as afirmações de saber, as frases de efeito e um ajuizamento mais articulado e consequente. Tamanhos impactos sabidamente atravessam as obras dos filósofos que seguem clássicos, inclusive.

Sem compreensões de mundo, mesmo que provisórias ou mitológicas, estaríamos de fato mais cegos que poeta cantador, mais cínicos que cães, menos “empoderados” do que os tagarelas, mais “fora da casinha” que ouvido de mercador (mouco ou surdo) – só para nos valer de alguma figura chave da linguagem mais universal entre jovens, adultos e crianças, tão cotidianamente disputada na construção da vida social alavancada pela própria postura humana ou compostura profissional, ou orientação familiar, ou instrução estudada, "ligada".

Nossos projetos de urbanidade são temas de “cidadania” mas também filosóficos, como é consabido até pelo diálogo de Platão “A República” – possivelmente o seu mais citado por conta da alegoria da caverna, que reafirma a mais famosa clivagem entre ser racional, culto, conhecedor, e possuidores mais ordinários de alguma opinião, entre atitudes intempestivas, etc. Também a modernidade tem suas legendas em Filosofia, e René “Penso logo existo.” Descartes também pensa condições de uma urbanidade projetada aos modos de um sujeito soberano a arquitetar solitariamente a cidade. Outros idealismos podem parecer hoje mais condizentes, se escutarmos mais vozes na tão palpitante História das Idéias e controvérsias, ou montarmos minimamente uma carteira de argumentações alfabetizadas, documentando e noticiando um pouco as próprias leituras ao longo da escolarização (ou argumentação ajuizadora). Dou meu próprio exemplo de ter que ler um artigo no mínimo bastante curioso - ao mapear artes e idéias para a minha apresentação, em grupo de dois, deste ano, num “café filosófico” - de Dalva Aparecida Garcia, Coordenadora Pedagógica do Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças (CBFC). Mas a idéia de Centro, para a urbanidade da matéria referida no meu presente título, é inclusive geométrica: um objetivo permanente, e muito especial para segundas séries escolares, mudando a idéia de um castelo na Filosofia e indo à caça de uma “primeira divisão” moderna dos pensamentos em sua tela (estudantil) de questões ou trabalho.

Cada relatório ou composição de leituras devidamente apresentadas com suas intenções, já acordadas e coletivizadas, ou não, é uma “interface”, instância (de próprio punho, pulsante, ou de “impressões”) de avaliações almejadas nem que para dar conta de suas próprias atividades notáveis já desta Escola tão acusada de medieval mesmo por colegas, por exemplo de Educação Física? Ora, também dá-se muita “bola” aos corpos, até mesmo em Filosofia Moderna, quando se tomam certos conhecimentos de Frederico Nietzsche, “já” tão crítico de Platão, por exemplo. Descartes, por sua vez, chega a ser tomado como um pensador “tradicional” nos ensinamentos críticos da famosa Escola de Frankfurt.

Filósofos costumariam ser idealistas ao seu próprio modo. O que partilho é a constatação deles escreverem sim, e “em língua de gente”: se for analisar, o problema de não se conseguir entender "obviedades" do outro não é necessariamente mais grave com "filósofos". A noção da própria língua é que dá mais voltas que rolinho de pintor por aí, criando “sintonia” de certas frequências (estudadas pelos lingüistas), dialetos e idiomas. Mesmo que esta noção da própria língua possa estar “mal sintonizada”, e mesmo quando se aumenta “volume” (a intensidade, e a duração) do “som”, como que só para tentar outras pronúncias e dinâmicas, podemos ser idealistas acreditando numa aprendizagem evolutiva do repertório atitudinal do pobre ser humano. Agora durma-se (e acorde-se) com “musicalidades internacionais” dessas e outras (os dois outros elementos constitutivos dos sons, que são a sua tonalidade e o seu timbre, a “personalidade”, não enriquecem sempre relações comunicativas, conseqüentes, principalmente num nível psicológico?)!

Só “o sono da razão cria monstros”, como nos diz um provérbio de artistas. Também existe “o sono da beleza”, não é? A propósito de trabalhos (de) vivos, de entrevistados e/ou articulistas (tão apreciados e renomados como autores em nosso eventualmente controverso campo, como velhos amigos podem ser) tratando de Escola, de Frankfurt inclusive: uma breve conversa com Olgária de Matos e mais dois "artigos" de Paulo Guiraldelli Jr. referindo-se elogiosamente à mestra (mas talvez nem tanto ao seu batalhado avanço em idade). Nem precisaria alertar para o risco de se apaixonar: quem fica rapidamente caidinho é que precisa tomar cuidados especiais. Estas e tantas prosas filosóficas tem seus bons momentos, que sirvam de inspiração e energizantes, restaurantes!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

inspiração e espirituosidades

Sobre notas qualitativas e conceituais, nas próprias palavras, é que se edificam as tais novas composições e atividades que se reflitam enquanto contrução condizentes com querências querendo, desejos interessados, expressões volitivas comprometidas na tradução prática e urbana, culta e estudantil, que incorpora tradições nos letramentos e dialoga com as demais, nas ações do dia-a-dia - onde mais insuportável que uma autoridade se desculpando o tempo todo pelas trapalhadas (ou gente explicando as próprias piadas) é quem nunca admite falhas se retratando e mudando desde as próprias opiniões às boas maneiras de atualizá-las (ou de se expressar ainda mais "à altura" do que pretendam, no seu melhor espírito de equipe efetivamente partidária de realizações de lavar as "almas" mais exigentes).

Ops! - muitas aspas não populares para diluirmos, calmamente, com poesia e nossos dedos de prosa citada (da língua estrangeira moderna). Mas ainda voltamos aos termos de uma educação physica em frequências fabulosamente comprometidas. Quem tem memória fraca até para nomes (dos que mal se apresentam em aula) também não guarda as calorosas e quiçá vitais brincadeiras abrindo possibilidades e caminhos do pensamento, de modo que compenso colecionando de redees sociais mesmo "pérolas" tocantes às polêmicas que lhe são familiares, às relações afetivas e efetivas na aventura do desenvolvimento humano tão atravessado de tragédias alertadas por presenças carinhosamente recordadas por suas letras "figuras" (para além do terror "burocrático" de um fantástico Kafka, e até a Filosofia de Walter Benjamin, interpretando artes e tecnologias "de ponta", por onde e para onde caminham humanidades (ou não), os românticos Mary Shelley, Poe, Baudelaire e William Blake, entre outros inspiradores de socólogos e mesmo historiadores, como um dramaturgo Brecht, queremos um dia citá-los com maior (e inimitável) "elegância", seguir no aprendizado que alterna as pessoas do teatro como as de letras, as letras de ciências como os apresentadores de artes e assim por diante, mas sem maior monstruosidade, sem desumanizar tanto, despolitizar tanto. Estou lembrado da prioridade da autoridade que guardo, e da dívida ante o lastro histórico de conhecimento-currículo promovendo (ou orientando a) consequentes mobilidades sociais, ainda que recuse algumas "heranças profissionais" de cultura e seja tratado um pouco feito um "palhaço" vira-casacas - sequer se dignando a desdobrar uma erudição de álbum de figurinhas para suas turmas.

Segue então uma relevante tiração de onda de supostos tipos sociais profissionais, não do mais ordinário "advogado do diabo", mas de uns e outros "médicos da alma", a título ao menos de reparo na importância da linguagem "social" (quem negaria a validade de pesquisá-la, e mesmo interpretá-la, entre estudantes e analistas?)

Psicólogo não adoece, somatiza.
Psicólogo não transa, libera libido.
Psicólogo não estuda, sublima.
Psicólogo não dá vexame, surta.
Psicólogo não faz fofoca, transfere.
Psicólogo não tem idéia, tem insight.
Psicólogo não resolve problemas, fecha gestalt.
Psicólogo não se engana, tem ato falho.
Psicólogo não muda de interesse, altera figura e fundo.
Psicólogo não fala, verbaliza.
Psicólogo não conversa, pontua.
Psicólogo não responde, devolve a pergunta.
Psicólogo não desabafa, tem catarse.
Psicólogo não pensa nisso, respira isso.
Psicólogo não é indiscreto, é espontâneo.
Psicólogo não é gente, é estado de espírito.

veículos da arte e dicas musicais entre distintos "pontos" (de vistas)

"Tiveram que arrancar, do limbo da mais funda animalidade, não suas almas, mas o próprio instinto abolido." Horácio Quiroga, num de seus contos mais arrepiantes, "A Galinha Degolada".

Entre as postagens de outro dia ainda desta semana, apontamos para a boa criatividade que se apresenta pelas relações organizativas de conhecimentos e nas gravuras, telas e produções levantando, depurando e citando leituras de tipos diversos que o "para inglês ver", de Fayga Ostrower. Mas vistas grossas de plantão, quase "de roldo", nas turmas de recuperação terapêutica e progressões, ou mesmo "normais", existem nas Escolas cujos muros queremos tanto "transformar" desde olhares e escutas comprometidos e informados, atualizados com sua biblioteca que serve, querendo ou não, às classes letrando seus estilos, compondo e produzindo campos proveitosos para além das jogabilidades eletrônicas que tanto inspiram - até mesmo continências urinárias - na moçada escolada! Ouvinte que precise de extra-embalos lembrando-lhe bons humores de crianças pode encontrar abastecimento nos sons musicalizantes de que trata a revista eletrônica ZoomRs.

Filosofia nos interstícios das Matérias

Entre História, Letras, Cálculos, Educação Física, Artes, Ofícios e Academias científicas, alguns ensinamentos circulam por Brasis que tentamos puxar para os nossos assados, os nossos molhos ou ao menos cardápios como o presente - cartas de navegações em buscas atualizando as ilusões perdidas de pobres enganos e até tratados devorados, ou "coisa assim", construtivas de relações sobre os ombros de estudantes e jovens aspirando ao discernimento em plena prova de todos os pega-ratões! Mapas da idéia e reconstruções argumentativas traduzem resumos. Transitando o viajante estabelece parâmetros comparativos se dispondo e propõe conceitos, edificantes, sem deixar de se atualizar. Os ombros largos de guerreiro intelectualizado e avantajado se equilibraram na linha engraçadíssima de humores entre ficções e realidades sobre as quais encontramos tratados e ensaios para o processamento de fantasias das nossas e outras lançando diálogos entre o céu e a terra para o consumir de milênios e horas gerando algumas frequências e impressões, tão somente, eventualmente indagando de algum de meia dúzia de poemas.

Também é muito bom pensar que renascentistas, em plenos desbuntes, não se tenham deixado aplastar completamente as noções de juízo em perspectivas geométricas e atmosféricas que encantam tão especialmente nas artes de Leonardo da Vinci. Sempre haverá quem melhor se situe para avaliar isto ou aquilo, mas é de convivências e trocas de experiências, além de trocas de boas idéias para tanto, que se montam as aldeias de sabedoria em que idealistas gostariam de converter suas tribos e em cujas fronteiras seguimos em danças incrivelmente hilárias e eventualmente leves como o pensamento voador, e não tão volátil, de leitores das grandes fábulas da contemporaneidade (se algum acaso ainda insista em buscá-las por fora de tramas romanescas, não deve estar por aqui).

O I Salão de Estudos Literários de Língua Espanhola

Aconteceu no Instituto Carlos Chagas, canoas o "I SELLE". Tematizando "Grandes voces literárias de Hispanoamerica", ele levanta rios das vidas históricas e artísticas com suas características, instâncias e ações exemplares sem frescuras ensaísticas professorais mas promovendo a articulação discente e o diálogo em público celebrando o trabalho de registros aplicáveis e principalmente o registro dos trabalhos expressivos e diligentes destes referentes da nossa tal de humanidade.

Radiografia das radiografias

Pego um tanto ainda na surpreendente sequeência de narrativas e considerações literárias e biográficas, junto a outros colegas, também fui praticamente pego pela mão por uma professora da casa (e membro da banca avaliadora) para acertarmos o balanço de apreciações, prosaicamente, mas em observações clínicas tocantes - às qualidades e à formação de trabalhadores e seus painéis, méritos do evento inaugural e iniciatório, e às expectativas para desdobramentos justamente "elementares" de frases, seus dados e modos de envolver questões de interesse e potenciais de aprofundamentos e de combinações composicionais entre matérias de línguas e humanidades.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

estudando cuidadoras

O poema andou até pelos ônibus da capital, reencontrei-o em rede social, são sinais, aqui puxados de "Humanizar a Ação, para Humanizar o ato de Cuidar", parece que refletindo o tema em Saúde...
"
Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento. Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo: "Coitado, até essa hora no serviço pesado". Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente. Não me falou em amor. Essa palavra de luxo.
"
Adélia Prado

ainda quero saber o que é "o bem" que tanto falam...

Bom, adotando a linha que que aprende-se por "drops", soltando algumas peças de coleção e compondo com a tribo ou troupe, eis a bela gravurista e partícipe do movimento da Escolinha de Artes, autora de obras de referência e etc., soltando o verbo tocante à criatividade e ao sentido (organizativo de conhecimentos) que imprimimos a tantas coisas. Andei deixando a desejar no trato com a beleza, invocando o poeta Baudelaire para tratar de um primeiro "grito da modernidade", a exemplo do filósofo Walter Benjamin, que também irá aparecer mais por aqui.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sutilezas

Cada palavra é uma obra poética, apontava acertadamente o grande contista e poeta argentino Jorge Luís Borges. Obra autenticamente popular, sobre a qual temos eventualmente o privilégio de nos debruçar. Até mesmo nos valendo de estranhamentos, de terceiros olhares, de olhares do outro, do estrangeiro. Quatro palavras a princípio significando, em língua francesa, Ser, Entender, Repetir, Tentativas: être, entendre, répéter, essais. Mas também significam, e talvez primariamente: estar, escutar, ensaiar, ensaios. Por vêzes nem se recorda que "estar" não é só uma transição qualquer: pode indicar toda uma instauração.

de volta para o futuro

Conceitos podem ser como filtros ou lentes, que em conjunto possibilitam contemplar realidades sequer sonhadas... nosso blogue é uma experiência de escrita assim, passando a limpo algumas questões que se acumulam em distintas ordens, até para demandar estudantes que elejam e desenvolvam questões com palavreios próprios, compondo relatório(s), individuais e/ou em grupo(s) elencado(s) reportando leituras e informando - por meios letrados símbolos que se vão organizando (até eletronicamente) e em citações elegantes. O ato (da escrita) também exercita, ainda mais (escolando) por aqui, é recompor, transformar, abrindo caminho para entendimentos ou questionando.

obs. Também recebo trabalhos por e-mail, pois o importante é dizer a que vém a expressão, registrando as marcas de sua comunicação, se possível articuladas em coletivo ("equipadas") e em função de um projeto (estudantil).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Projetando e desenvolvendo a aprendizagem ou Progressão

Etapas progressivas de uma pesquisa: para muito além dos arrastões de arquivologia, uma refinaria dos saberes, dos “preto-no-branco” e dos pareceres qualificados!

Faltando duas semanas para o encaminhamento das progressões, uma guia de rumos da aprendizagem disciplinar em três tempos (ou partes) se faz importante, partindo sempre da noção dos rios de informação, parágrafos e textos bem compostos, que se levantam com um pouco de instrução e necessidade, formando verdadeiros arquivos, não poderem ser simplesmente encaminhados como fossem “trabalhos” escolares, sob pena de perder-se toda a sua funcionalidade documental, passando longe de qualquer estado da arte que revelaria uma “pesquisa” e mostrando um despropósito ofensivo à própria inteligência. Se a necessidade inclui conjunção de interesses, e estudos “educados” ou destinados à emancipação de seus praticantes, a pesquisa documentará a transformação das formulações iniciais do/a(s) estudante(s), das interpretações especulativas/investigativas, em motes, com posição, de uma textualização cognitiva, em questões geradoras ou no relato das aventuras e desventuras de umas buscas e “construções”. Afinal errar é preciso, e em se tratando dos ganhos da experiência escolar, ainda mais importante lidar com seleções dos tipos de experiência (e testes) possíveis, e até mesmo erros interessantes ou observáveis – em maiores acúmulos devidamente atualizados.

A experiência da escrita registra e comunica, gerando um jogo de confirmação do memorável e exercício expressivo por si só criativos e indispensáveis às mobilidades sociais, mas na Escola ainda há a oportunidade do olhar de um outro, em juízo, de um professor. A relação com o professor também deveria estar longe de um vale-tudo: os desafios e as exigências de um vivente, como de um ofício, são razoáveis, se revelam, ao longo de um tempo que não se esgota (e não deveria mesmo se esgotar) em poucos encontros espaçados no tempo. “Fazer número” só ganha má fama quando o formalismo não corresponde a demandas sociais, quando o número não expressa o sem-número de vontades e expectativas envolvidas na aprendizagem através da conversa e elaboração sobre ela. Os trabalhos são sem dúvida bons modos de fechar as contas com maior periodicidade, mas na Escola também exprimem a esperança e o projeto de uma experiência ainda mais valiosa do que as contas “do momento”, como o livro expressa um projeto de leitura inserida na vida do sujeito. A vida nos trabalha e nós trabalhamos à vida, num processo em que talvez seja preciso saber “se perder” – como tantas vezes precisaríamos não nos perder, e como simuladores de vôo simulam toda sorte de panes.

A atitude questionadora básica é de saber partilhar dúvidas dirigindo questões, não única e exclusivamente ao professor, mas ponderando e refletindo com colegas às suas diversas dúvidas, encontrar interesses, denominadores comuns, e desenvolver fraseologias que se atualizam nos mundos menos excludentes de conhecimentos – em que diversos setores tomam parte, ou estão, ao menos, contemplados. Buscar a experiência de quem já a teria é apenas uma disciplina de bom senso, acalentando a criatividade e um respeito aos sujeitos que se traduz em palavras não só amigas, como justas. Tem-se disseminado alguns desvios e mal-entendidos aos quais precisamos advertir, até por se tratar de conhecimentos muitas vezes tradicionais ou oralizados pelo próprio professorado (implicando, não se deve esquecer, em progressivas depurações, que os alunos identificam com uma maneira de ser, um estilo próprio, de cada professor). As presentes instruções, por exemplo, estão sim calcadas em vários outros artigos, nem todos estando atualmente à mão, ou mesmo devidamente “assinados” (minimamente identificados, como o de Conceição Paludo, 2007/2008, “Projeto de Pesquisa”) , mas aos quais respaldo plenamente (“Como organizar seu trabalho”, material circulante entre instituições, com numeração de páginas que vai de 746 a 759). Negar a busca, os nomes das “fontes” humanas disponíveis ou encontradas, pretendendo ser o/a possuidor/a dos conhecimentos que a experiência (social e) leitora estaria apresentando, não é respeitar nem os próprios limites, quanto mais aos sujeitos da pesquisa ou aos de suas frases.

O oposto de tamanho “desvio” é percorrer o próprio desenvolvimento posicionando-se com os seus múltiplos propósitos estabelecidos(por mais sinuosos que possas ser seus trajetos), balanços e até algumas considerações finais ou conclusões. Quanto mais ele estiver presente no corpo da pesquisa, mais o leitor compreenderá a linguagem do(s) autor(es) estudante(s) ou estudioso/a(s), e poderá ir de encontro às suas palavras (como tanto me pediram, e pedem, muitas turmas) e intenções. Pois os conhecimentos se organizam em relação a múltiplas experiências, e em termos que correspondam aos interesses nelas envolvidos: aos acertos ou às “convenções” de um grupo ou comunidade, especialmente se pretendemos repelir democraticamente às imposições monopolistas, retrógradas ou autoritárias (por exemplo). Desta nossa dimensão dialógica, comunicativa e expressiva das pesquisas escolares, os eventuais olhares de leitor também podem desenvolver outro respeito aos próprios limites da linguagem a ser empregada em nosso mundo da vida – pois como teria dito um filósofo (Wittgenstein), “os limites da linguagem são os limites do meu mundo”.

As partes do trabalho refletindo etapas, imprimindo andamento às práticas, a princípio coletivas:

Na primeira parte, logo acima, deste trio de reflexões, tocamos as questões de certa complexidade, desembocando numa citação de filósofo, formulação abrangente que pode ser útil para pensarmos inclusive questões éticas – dado o caráter consequente que se pretende imprimir a todo o discurso “dê limites” em Educação. Elas possuem primazia e maiores desdobramentos, pois numa sociedade em que “as explicações são para porteiros”, um vocabulário correto e direto seria para cursos, introduções e estudos de Filosofia – daqueles empreendidos por quem tem coragem de enfrentar escalas e tabelas de “pensadores”, suas categorias e definições, ferramentas e até “concepções”, ou melhor, formulações e compreensões (eventualmente reformulações, compatibilidades, notícias e entendimentos, inclusive). Porteiro, caçador de notas ou mesmo algum tipo de idealista também poderia desconfiar da intimidade com os “mestres” contraída pelo viés de seus comentaristas “críticos”: como manter respeito por “um Hegel”, ou viver em seu temor? Há de se dar ao respeito: de se eleger “a dedo” suas “leiturinhas” contemplando definições e exercendo a consciência nos juízos (fraseados), nas fichas da Idéia, nos pareceres passando-os em revista(s) e repercutindo o seu conceito moral, seu princípio de valor, etc. Já que o caráter de trabalho se realiza progressivamente e por camadas viabilizando raciocínios ou a inserção de uma idéia (mesmo se ela for tão difícil, por exemplo, quanto regular a dieta de uma criancinha), se dar bem com os próprios registros de consultas às fontes literárias tem o seu valor estratético, metodológico, nos investimentos das famílias.

Dando prosseguimento à cena das parcerias entre pares e do desenvolvimento da localidade de trabalho, dos processos entre os colegas, de vida e aprendizagem (programada: pesquisa), dos seus projetos visando implementar qualificações a afastarem ao máximo as injustiças (violências e preconceitos) desta civilização, abrimos a seguir o que seja a articulação de uma pesquisa enquanto expressão decidida, discutida, de uma disposição e de uma contextualização expressiva correspondente. Que tal disposição, sendo tão motivador pré-requisito, tão importante, até mesmo enquanto “objetivo”, nas humanidades em escolarização, dá aqui forma ao trabalho: uma forma de projeto: se o trabalho enquanto produto se finaliza no terminar sua “introdução” – após toda a “conclusão” e “revisão bibliográfica” e etc. –, um “Relatório de Projeto de Pesquisa” desembocará num cronograma, sim, mas não sem antes refletir e justificar rotinas e ações do campo em que se pretenda desenvolver... o “ponto de vista” ou a expressão que for envolvida na atividade – e na argumentação correspondente que passa a ser o nosso “número” e real produto de trabalhos escolares.

Portanto

  • Um trabalho escolar, coletivo ou individual (conforme as combinações),

se encaminha a partir da

  • Escolha de um Tema – tarefa complexa a ser definida pelos pesquisadores, e que frequentemente se refletirá no
  • Título do projeto.

Porém, existem etapas nas quais este tema se apresenta, após a identificação, do título, do

  • Nome dos participantes (quem?)

e de

  • Instituição, local e data:

o Tema é a formulação do que se pretende elaborar como registro dos conhecimentos desenvolvidos numa pesquisa, apurados ou produzidos, e também contextualizados em termos de

  • Área de conhecimento;

e oportunizados à fruição de seus leitores/avaliadores através do

  • Sumário (ou Índice) que articula visual e textualmente os componentes do trabalho.

Para quê? Por quê? Ora, ao final do trabalho de uma pesquisa, com todos os fragmentos bem articulados, aparecerá expressivamente a obra pretendida, como numa pintura ou “composição”. Sem situar, textualmente, tais “fragmentos”, arriscaríamo-nos a não fazer valer os plenos poderes das citações, nem sequer nos apropriando efetivamente da sabedoria que pudessem portar.

Na seqüência do sumário recomenda-se uma

  • Justificativa (para quê? Por quê?), que indique os propósitos expressivos, ou os que se mantém, da – por assim dizer – força tarefa em questão, em relação ao que já se apresentara neste “projeto”. Aqui é o lugar para se elucidar o que se sabe sobre o tema, a razão da sua escolha, as propostas para o desenvolvimento: o coração do trabalho. Antes de produzir o texto dissertativo que comporá a justificativa, verificam-se as diferentes posições verbalizadas, conceituais, teóricas, sobre o tema, por meio da pesquisa bibliográfica, em apoio àquilo que se quer dizer. Tal “garimpagem” da bibliografia costuma se constituir inicialmente da consulta, em internet (e/ou livrarias) e bibliotecas, do que há sobre o tema, formando um acervo de “bibliografia consultada”, olhada – mas não necessariamente estudada de fato. Alguma parcela deste acervo, porém, se destacará enquanto repertório efetivamente mobilizado de idéias, e esta “bibliografia de referência”, de livros, revistas, capítulos, artigos realmente lidos (e que podem até, eventualmete, ser anexados ao projeto), é aquela que será citada no interior do texto da justificativa.

  • Objetivos (para quê? Por que?), novamente, contemplam a especificidade da orientação e consequentemente dos rumos da pesquisa, listando basicamente, a partir de seus próprios propósitos, os verbos, as realizações que o trabalho do pesquisador/a estará “conjugando”.

Dando forma ao próprio trabalho em pesquisa, na montagem de agenda e no que é documento para valer:

A técnica sendo um meio de fazer algo, não desviará o foco de sua experiência e preocupações. Muito pelo contrário: qualificará as inovações de sua perspectiva na abordagem escolhida – ao menos àquelas ressaltadas na Justificativa. Explicitando as leituras realizadas, indicando as diferentes posições teóricas verificadas e relacionando as teorias que confirmam suas hipóteses, o texto exporá como elas serão utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa. À medida em que se conclui uma etapa de pesquisa, esta apresentação de linhas gerais e de como se pretende realizar a pesquisa, com quais valores e metas desejadas e a se testarem, importantes para os desenvolvimentos pessoais e para uma área de estudo, é revisada e atualizada, aprimorando-se enquanto trabalho, produto apresentável e publicável, ou “caminho”: processo escolado, metódico, de investigação. A um tal caminho, depois de percorrido, chamamos de

  • Metodologia (como?); os passos realizados para fazer o trabalho, enquanto procedimentos investigativos que se projetam com as experiências (reportadas na Justificativa).
  • Cronograma (quando?); as pretenções devem respeitar os outros, os eventos programados, representados por prazos. Esta pode ser a simulação mais difícil de um treinamento escolar, por exemplo, mas decerto que não é a menos importante, então convém que parcelas expressivas do projeto se encaixem na agenda viva, que respira, de cada um. Se importa “correr atrás da máquina”, saber para onde se está indo e poder sair na frente não importa menos, e equacionar na prática é solucionar no tempo: quanto mais se antecipam os eventos, mais largos tendem a ser os horizontes de seus próprios projetos.
  • Referências bibliográficas; as idéias não estão exatamente “soltas”, elas são articuladas e estruturantes, ligam pontos destacados, contemplando contextos e estabelecendo consideráveis, notáveis relações produtivas.
  • Bibliografia consultada; uma recapitulação do que efetivamente se mobiliza do acervo averiguado, levantado. A produção do conhecimeto, que é societária, pode se parecer a um mutirão, envolvendo muitas partes, e é importante que isto não seja menos nítido do que os créditos de um filme...

Lembrando:

Quanta documentação! Assim ficam graúdos os trabalhos, sim, mas “gradualmente”, e à medida em que se ficham (e não apenas se “fecham”) as leituras, se extraem delas o que interessa, disponibilizando dados para posterior utilização. Para encerrar com mais um serviço de advertência e utilidade pública: “Se o tempo disponível propicia a leitura de apenas um livro, é importante que esse livro seja representativo da teoria desenvolvida” por um pesquisador, bem, conceituado, renomado (como apontamos anteriormente, o caminho da leitura também pode, e deve, remontar, no mínimo, à importância de tais autores de referência da Cultura em questão).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fontes e Referências no Caudal das Comunicações

Uma expressão de linguagem articulada, cursiva, lógica, desejável, pede alguma regra, algum caminho em que possamos discernir "erros" e "erros" que contribuem à aprendizagem curricular, social, narrável, ou melhor ainda: argumentos. Pois nos "exercícios" da argumentação promovem-se pensamentos digno de sua história e de cada cifra. A arte de situar e/ou formar, desta prática, as matérias de estudo e conhecimento, foi tradicionalmente (remonta-se a ela via Aristóteles e Sócrates) chamada de dialética (antes mesmo desta "disciplina" ser lançada como modelo de análise das dinâmicas da História mobilizadas através dos conflitos de interesses e idéias, esquematizado num teorema notável da modernidade histórico-filosófica (também basilar a vertentes socialistas de pensamento e Ciências Sociais): "Tese X Antítese, interagindo ao longo dos tempos, desenvolverão (criarão, da contradição, um nova solução:) uma Síntese").
Um mais belo conceito na praça, pelos estudos (e/ou de estudos), não anda só, nem “em bando” (feito listagem anexa) como outrora? Sua inserção social enreda muita recordação partilhada, experiência memorável, de um trabalho que não esqueceu-se da aventura, da criação do destino, que lhe constitui e motiva, orienta e dirige. Cada sessão como esta, navegante, apontará, até contatando, dialogando, boas páginas de um ramo de oficinas e domínios de acontecimentos curriculares: matéria, da que já "está no gibi" ou disponibilizada noutro formato, pela rede (como este pequeno desenho animado incluindo tantas loucuras que se fariam na desenfreada busca por felicidade), para um banho de filosofia, ou ao menos de mensagens que evitem aqueles balcões de apostas de umas espertezas em debates "políticos" desenfreados que não faltam na inteligente internet. Lembrando: as bibliotecas seguiriam maiores tesouros com seus baús de jóias, suas estantes-fonte(s) viabilizando levantamentos sucessivos de "safras" (épocas), escolhas e composições registrando a trilha de um pensamento informado por cada (integrante e) leitura (no seio de um coletivo ou grupo). Como na vida, se alguns termos causam alvoroço, aproveita-se para desenvolver os mais preciosos pingos de calma nesta hora e depois consultar um bom “amansa-burros” (dicionário). Também nossos artigos de hipertexto e contexto digitais oportunizam belas composições (conforme alternam-se sequências de palavras-chave na iniciação a um navegador, por exemplo) e leituras – novos instrumentos não desqualificando as produções com picaretagem e “mitologia” soltas, e assim tampouco perdendo o fio da meada de um exercício de concentração que só certos livros ofereceriam. Leio séries de artigos e remonto algumas conjunções textuais que me fazem pensar num acúmulo útil para esta nossa esteira-e(letrônica) letrada, para a formatação de peças seriadas, colocar um compasso, segmento textual, de discurso, contíguo a outro, visando o leitor – principiante ou já por dentro dos pula-pulas para os materiais que lhe interessam. Nossa venturosa sistemática envolverá, assim, procedimentos tão diversos como os de vasculhar as árvores de nossas próprias pastas eletrônicas e físicas, passando em revista e compondo trabalhos.

A propósito, estas linhas se pretendem igualmente endereçadas a colegas, professores, estagiários e comunicadores interessados “em geral”? A pessoas tanto bem educadas, portanto, como às incompletas e carentes (como eventualmente também o seríamos?), digamos. Será calcanhar-de-Aquiles do nosso programinha de pesquisa educativa ou ponto de apoio arquimédico para o desenvolvimento de um seu projeto editorial? Oxalá!: Se incrementarmos para valer, deste ou daquele ponto-tronco de partida, do valor dito agregado ainda extrairemos, ou não, novas essências de futuro para a farmácia/cozinha filosófica, da alma. Compreendendo que eu não pretenderia substituir a leitura dos autores canônicos, mas no máximo prepará-la, espero tirarem proveito, e que sugiram links. Há riscos maiores nos modos como notamos sendo empregadas “linguagens” em nosso meio, que devemos examinar mais, adiante. Por hora esta forma mista de instrução já parece como apoio adequado de trabalho (de um possível novo “gibi da Filosofia” ou de seu quereres, sua vocação, vontade inata e desejo de aprender, das racionalizações em curso e de respectivas notícias e afins), naturalmente que entre outros “da casa” (para crianças, pesquis(ar)emos, e no caso de um professar para o ensino médio, minha colega de http://www.pensareedu.com/ indica mais um curso do célebre Ghiraldelli Jr. , Paulo, e também o que assistimos de vídeo em castelhano (espanhol latino-americano) da Argentina, para quem já se dispõe às graciosas aventuras em língua estrangeira/vizinha, uma referência de inserção da conversa de Filosofia em plena TV aberta). Para que nossas mensagens configurem cultura útil, fonte, entretanto, não (?) basta relacionar casinhas do ramo eletronicamente acessíveis, atualizando recortes com destaques situados, comentados e apresentados em frequências equilibradas de pensamento como gostaríamos tanto de acompanhar nossos estudantes fazendo, precisamos ainda atualizar os arranjos relançando os conjuntos através de novas questões em destaque – e que não são novidade – para estas telas-e de ensaio e os murais, eletrônicos ou não (como se propõem atualmente as atuais Olimpíadas de Filosofia, promovidas por comunidade de investigação de Filosofia Para Crianças).


Encontrando correntes favoráveis nem se necessitam de maiores malabarismos - se não para marcar os caminhos da descoberta e listar materiais para o canteiro (ou cancioneiro) de obras (da inteligência), de suas primícias, seus estabelecimentos, ou princípios articulados de expressão - no caudal das comunicações.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Auto-avaliações


Quem quer que faça da escrita seu modo de preparar a história que pretende viver e escrever deve estar mais acostumado a auto-avaliações do que a ser pedido que se faça uma. Boa pedida para retrospectivas e sondagem de ânimo ante cenários diversos, mas razoavelmente definidos, também serve de exercício, na Escola, para separar o que há de bom, respondendo por exemplo por quatro atividades mais adoradas de uma grande parte ano letivo. Levantar ou destacar "o melhor" pode ser sinal de envolvimento e até de juízo, de valor conforme o valor dos próprios pareceres, dos próprios pontos de vista mais consistentes e eventualmente consequentes para etapas seguintes, como nos pretendemos num Conselho de Classe olhando uma pesquisa de Supervisão Escolar, ao compreender a proposta de trabalho, pegando juntos nos materiais em triagem, escutando disposições e ofertas, para oportunamente retornar ao assunto, e no meu caso evitando ter de acusar atitudes alheias de quem escandalizasse sem acompanhar as repercussões, se atualizando, do próprio parecer que pretendesse defender, sem buscar no próprio horizonte as mudanças que reclama, sem cuidados, ou pior ainda, Noção (mas provavelmente seja a atitude esperada a de aprofundar a crítica reconhecendo que existem expressivas limitações para aquela atitude que se apresenta como assunto e que, se fosse entrar em mérito de questão, poderia inclusive ser classificado como estando "abaixo da crítica"?).


A auto-avaliação segue retomadas de momentos de vida que podem se reconfigurar como em uma depuração humanista e temática, uma reflexão clínica, uma anamnese. Mas aqui trata de um momento apenas, da vida escolar, que envolve grupos, possibilidades diversas, que estive levantando desde as mais terríveis, dramaticamente, em questões como "Estou tão perdido que nem sei quão perdido estou? O pânico bloqueia cursos da Idéia? Os planos não decolam? A disposição de agir escapa? Os tantos passos futuros desanima(ria)m? Há desvantagem insistindo em se sobressair (ou convidando ao vício)? A correção política é muito superficial frente ao Sistema? Os camihos são muito sinuosos para apontar rumos (e as orientações, para extrair vetores)? Não há nem uma "hora do conto" para virar "leituras guiadas"? Os juízos somam-se em momentos estranhos? As interpretações não batem?" Mas tal "quadro da dor em círculo" e sem moldura era um primeiro momento para se passar a uma "marca de contribuição" ainda antes de um balanço mais atual: "Está na hora de passar em revista às letras o sentido de cardápios (e ingredientes...) que estão em bibliotecas próximas, ao alcance de copiadeiras, entre turnos taciturnos e corridas malucas, através de pastas e no dia a dia vigilate em exercício distributivo e econômico, fisiológico, baratinado: "De que lado você samba?" (Chico Science & Nação Zumbi). Tamanho mundão do ajuizamento, mobilizando sínteses enumeráveis, talvez até pronunciáveis, permeia narrativas ao longo do tempo discriminando "caldos entornados", aliás distinguindo fatores agrupados, classes, estilos (e cogitivos!), individualidades presentes nas considerações de autorias (como nós mesmos) conduzindo conversações entre atos e estudos, trabalhos e lutas (não são estes olhares clínicos que cruzamos, ou travamos, numa Escola atual? - a pergunta é Retórica). Outres unem, ou alternam ou emendam, estudando o "mundo do trabalho", e a ação significativa nos lugares com as, aliás nas batalhas populares e da cultura crítica, virando suas páginas, e isso está melhor ainda.


Concluindo: consultar (a) "la carte" (carta, cardápio e/ou mapa...) legendária no cotidiano ou nos seus momentos diferencia notavelmente o "mestre" e seu "cliente", a tal ponto que reflete na cozinha e na copa capacitada a servir o álbum na pasta, a montagem de idéias aplicadas à arte almejada (ou aos ofícios), transferíveis e cumulativos, conforme o letramento e muito normalmente. Uma última observação sobre esse mundaréu de informações e a aplicabilidade dos pareceres: o crescimento, que tende a ser exponencial, de informações circulantes, não reflete necessariamente um aprofundamento de análises ou ritmo da capacitação estudantil para tanto, mas reflete-se "por aí" um abismo cognitivo entre as agências mundanas e sociais. Apontamentos neste sentido são sinais viáveis de alerta e alarmantes, mas estabelecendo condições de posicionamento e posturas, gestos e ações gratificantes em termos biográficos, de história de Vida, bem definidos como os papéis que esperamos desempenhar ou estar desempenhando entre os tantos riscos sensíveis ou nem, invisíveis e até "inimagináveis", como o de uma brevidade ascelerada multiplicada pela própria preguiça (uma laconicidade X "a" preguiça).


Lembraram de fazer a ficha para que ela possa "cair" por aí? Bola prá frente? Depreende-se um esquema construtivo de avaliação das demandas para a contemplação e praticabilidade dos movimentos ("intelectuais" (estéticos e sociais), ao menos)??? Então até uma próxima!

Fonte da imagem: gráficos interpretando um trabalho (traduzido, de 1987) do filósofo Giles Deleuze.


domingo, 29 de agosto de 2010

Se essa "moda" pega, o que será "o bixo"?



Na onda de comédia da TV aparece essa peça de bagaceirice funk, "gaiola das cabeçudas" com cânones da alta cultura dando conta de uns seus recados, inclusive. Nada de "segredos de liquidificador", pelo contrário, é fazer alarde, mas interessa a salada, a brincadeira, mesmo se tosca, com mosaicos culturais, para temperar humores, lançar à apreciação do pessoal, eventualmente produzir a própria peça, cênica ou cínica, de onda, de moda, ou musical, com nossos próprios diagramas curriculares. Pois pelo jeito é melhor irmos nos preparando...

Agora, se a preferência é por um "bicho" urbano (Aristóteles não comparou a Polis a um tigre?), sondar o que, e principalmete como, se conhece dos cenários urbanos pelos seus cantadores, uma lira paulistana recomendável é a série em fime "mapas urbanos" entrevistando gente que tem um bom nome na praça a respeito.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fazendo gosto do questionamento, na aprendizagem

O racionalista promove insensivelmete às "satisfações" aproveitando dos mais justos desfrutes? O sujeito, que pensa nos outros sem ser mal agradecido, apresenta planos para a sua morada, se articula? Ensaia nalgumas atividades às seguintes, caprichando nos seus momentos e nas publicações dos planos - "de cadeira", urbanidade e educação?

Falar "de cadeira" é tratar da própria cancha, com conhecimento de causa.

São questões que parecem transbordar nossas páginas, mas apontam às ferramentas do lar em matéria de formação, ainda que a resposta inicial pareça óbvia... "o racionalista" aqui é apenas um personagem genérico: poderia ser levantado com mais profundidade no cenário da Filosofia, sem maiores dificuldades, contrastando com o empirista, mas aqui ele mais parece um pensador hedonista, referido para "dar pano prá manga", pelos ensinamentos do juízo.

Polígrafos são origem do "recorta-cola"?+atualidades

Viva a tecnologia da inteligência, a aprendizagem do pulso concatenado com o olhar e o pensamento, se expressando com todas as letras, de encontro a pareceres e correções, mobilizando os recursos a favor, que sejam sempre bem-vindos... mas engambelar empurrando "gato por lebre", recorte por ficha temática é tiro no pé da nossa verdadeira centopéia escolar, no lugar de ganharmos tempo buscando os passos a acertarem práticas de aprendizagem nas situações, tão reais como enviesadas, que se atravessa nos dias que correm. O trânsito de informações da matéria que o professor organiza pelos polígrafos e blogues, ditados-exercício e quadros-paredes, verdes ou brancos, em cartazes ou esquemas de agenda de atividades finalmente podendo contar com acessibilidades biblioteconômicas bem mais razoáveis, inclusive, precisa ser alimentado com destaques em passagens apresentáveis enquanto considerações estabelecidas, como aquelas tão encontradiças por algumas contra-capas ou orelhas de livros passíveis de composição entre nossos componentes curriculares (acontecimentos escolares). Algumas leituras situam achados que estávamos mesmo necessitando, como idéias queridas cujo endereço não sabíamos ser justamente um autor que estávamos "pulando" (o historicismo de Dilthey, no entroncamento da Sociologia com a Filosofia, que Ghiraldelli Jr. situa (em bancas) e vamos apontar em breve, no caso) pelas tabelas de conteúdo da história das idéias educadoras, filosóficas e etc.

Nosso veículo registrando sintonia anuncia acontecidos e acontecimentos vindouros numa esquemática a dinamizar (atualizar, aliás) os próprios planos escolares, e outra atividade em conexão roteirizada é a Olimpíada de Filosofia do Rio Grande do Sul, justamente fazendo questão: "É preciso saber viver?", e imprimindo decisão de atuar na expressão de "O que nós precisamos Saber para cuidar da vida?", temática comum à promoção de nossos estudos, debates e mapeamento de saberes, em distintas formas de atividade e expressão artístico-cultural, a ser celebrada no encontro de Escolas públicas e privadas "de maneira a divulgar o trabalho de cada escola e construir um ambiente propício à reflexão filosófica em diálogo com as demais áreas do saber" (setembro tem etapa regional e outubro culminância, estadual, das atividades). Encontros são estímulos que estão na origem de nossas composições, e estaríamos em plena estação de "apresentação de resultados internamente na escola" para a inscrição, de até 3 alunos por turma participante, à Olimpíada em que nos presentificamos pretendendo o exercício prático e expandido dos objetivos mais amplos e conjugados das próprias turmas e de suas delegações.

Ótimo, mas nossa esteira de montagens estéticas e cognitivas, verdadeira "tela de trabalho" comum por aqui promovida pretende seguir publicando conversas sintomáticas, além de fazer aquele "rebatimento" de pérolas que a literatura (inclusive ficcional, de Josué Guimarães, no caso "a seguir", em www.brincosdeorelha.blogspot.com) registra.

domingo, 15 de agosto de 2010

boa disposição e inclinações, desejos e "gosto": ética e estética

Problematizar e somar aos registros comunicáveis de posicionamento e partilha ou debate, às trocas e circulações de materiais levantados para um refino de bagagem cultural (eventualmente informado por idéias filosóficas e eventualmente informando professores dos aprendizados em questão mas sempre visando objetivos e avaliações plurais em critérios articulados) - entre momentos "bem bons" e os "constrangedores" ainda habilitamos atitudes formadoras e hábitos culturais correspondentes em relações qualificadas?

O conhecimento qualificado, como sendo para todos e altamente satisfatório com respeito a preferências e necessidades, quarda relações com a moralidade dos convivas "na arte" ou além?

Narrativa e informação indicada: "Ratatouille" (cinema de animação) + última postagem na mandalagibi

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

inspiração e fôlego na resistência cultural


Ocupações joviais e contestadoras que proliferaram após a queda do muro em Berlin, conhecidas como Squatters, inspiraram outras tantas pelo mundo. Uma delas, a "ocupa-que-se-cria", é hoje habitada com aquiescência dos proprietários, mas ainda uma casa de cultura de resistência, a Ksa rosa, onde os moradores são gestores de espaços, confeccionam-se bolsas e oficinas, também operando institucionalmente com a recém fundada Associação Gaúcha pela Democratização da Cultura e da Comunicação numa dinâmica de partilha de conhecimentos que cresce inclusive na cultura digital. (blog de origem da fotografia: resistência anarcopunk)

entrém-muros: uma oficina

Além dos muros da escola, mas abrigados numa ocupa-que-se-cria-ação urbana à capital gaúcha, uma chamada, um refresco no frio, um chocolate e a prosa apresentando uma avaliação estética a se modular num salão musical e literário com Daniel Cejas, de mais que hipóteses sedutoras e dependências sensíveis, interesse concreto e atualização viável sem perder companheiro pela mesquinharia alheia (utopias...) nem passar a mão na cabeça transbordando de titicas porque lhe fizeram os ouvidos de pinico e outras coisas, mas gerado uma referência bem mais nítida e expressiva da dignidade que pode ser tão invejável... inclusive quando se encotra naquele passo/ritmo mais lento que o da tartaruga, que é o da Filosofia (para não falar de quando é a ação direta que funciona, operando em ramos de atividade bem situados na produção do ser societário "humano", num projeto humanista e popular - até mesmo anarquista, na medida em que pretendamos transformar umas "quedas de braço" que nos travam muitas relações em mais do que exercícios de poder - alterando mesmo os modos de fazermos dos bons juízos sobre as pessoas e os seus vínculos, ao longo do tempo, de um critério de avaliação por conhecimentos "portados" para um de potencial de aprendizagem na libertação de níveis até relativamente arraigados de preconceito, ou ao menos dos gestados pela covardia de equívocos e temores fomentados entre "pizzas" politiqueiras financiadas por agentes do capitalismo internacional).

Imagens? Visitantes as registrarão, mas as palavras seguem nas agrupações tratando de referenciais humanos, parcelas da nossa inspiração, e das nossas próprias atitudes, vias de fato, ações, metodologia, com a mesma objetividade com que pegamos algum guarda-chuvas emprestado, ou "filo" uma refeição, ou preparo uma bagagem para viajar, ou apanho umas obras para a difusão da prosa cultural, entre outras peças dialógicas, desenvolvendo padrões mais ou menos notáveis e mais ou menos discretos e elegantes, enquanto o bom do letramento segue sendo poder conceber como um outro (colega ou próximo, douto ou querid@) pensa, através de veículos, precisamente, de comunicação, de idéias, mediações, pronúncias, palavras.

"Eu quero paz e arroz, amor é bom e vem depois", cantam os gênios de Jorge Ben Jor, pois se vale declarar desejo na santa calma da hora serena, a tranquilidade oceânica do pacífico e estóico povo da vila em lutas, amor é bom e vem depois do arroz e feijão, dos senhores caldos em boas ondas onde um troco a mais não faz mal e próximo às bancas desfrutando recordações até os talos das verduras na troca de experiências sintéticas e orgânicas, de palavras espirrando e derramando sonoridades ou ressonâncias diversas pelo enredo dos encontros em itinerância urbana.

Havia chegado junto ao chegado em contracapas e conteúdos informativos de estéticas musicais para a puxada reflexiva do tema instaurando desdobramentos (discernimentos analíticos) quando se queriam exames pontuados sinteticamente e estabelecendo o exemplo pedagógico de bom ajuizamento. O nexo, legal, toca às valorações notáveis e às notadas pela palavra, pelo entendimento (que pode ser ou não ser confrontado ou "enriquecido", na sua composição "equilibrista" (estalando de translucidez), mas suspenderíamos um rolo da sensibilidade sem o convívio atento aos posicionamentos que se desfiam nos enredos da aprendizagem e de cada conhecimento - que é, sabidamente, uma arte. Tem sentido que as análises sejam muito mais diretas ou sucintas que as próprias sínteses ligando os pontos estabelecidos das qualidades destacadas.

Valores estéticos encontram-se em produções bem mais diversas do que suas próprias técnicas, como em telas inteiras de pintura elaboradas nos fogos cerrados de regimes "de exceção" e regras, de trabalhos e estilo, obras significativamente evocadas. No tocante ao trato com a educação das crianças (tão sensíveis ao que se apresenta musicalmente...) também é viável apontar valores "básicos", entre os exemplos de excelência e de pobreza. O exemplo adiantado foi o d"as quatro estações" de Piazzolla: o que não diríamos, com certos tempos, ou calaríamos mais fundo, como que independentemente dos próprios "caminhos das influências" ou de informações menos racionalizadas, mesmo menos cientes dos significados eventualmente embutidos nalgumas de tantas relações de afinidade e semelhanças tão presentes em produções miméticas e artísticas das nossas vidas culturais? O projeto está lançado e envolve o trato com artigos literários e contrastes comunicativos e poéticos. Foi muito rápido, mas agora temos duas longas semanas de espera...

Enquanto isso a criança com que ainda moro assiste desenhos atrozes que vamos comentando conforme o interesse na sua matéria narrativa, mas oxalá mais atentos à estética. Os afluxos de consideração e valorações - justas e "infantis" - por crenças, imaginação, suposições e intuição-como-faculdade-da-sensibilidade (só para resumir definindo), ou mesmo atitude expressa e pronunciada, explícita ou profissional, bem podem convir marcando posição em relações formativas mais familiares, ou tribais, solidárias ou sociais. Sem esquecer que elas também se vinculam a tradições eventualmente maiores que os próprios fenômenos das experiências isoladas ou de momento. As tradições costumando se arvorar em sabedorias, ainda podem dar parecer, "a conhecer" em boa hora, liberando outras sapiências, artes, expressivas consciências naquele sentido humanista, contextual, e ambientalista, em que escrever a própria história é ação a se empreender com gestos, saliva, risos e lágrimas. Se suas trajetórias e interpretações versam de nós mesmos, será por incluírem aquelas encruzilhadas em que nos educamos e aprofundamos, segundo as quais “a História” teria sido escrita “pelos vencedores”, quando "vivos" são os que sabem “escrever” a sua própria vida, contar, mexer com o corpo do imaginário, o cosmo de universos narrativos, a poética de uma linguagem concreta e as linguagens do poder mais certo e popular. Incluindo políticas utopistas, quem sabe, que vinham pulverizadas nalgum futurismo?

Será possível


Há desdobramentos de "jardinagem alimentar", na entrevista em blogue irmão www.mandalagibi.blogspot.com

Fonte: www.mobilizadores.org.br

A conversa com Claudia Lulkin, tocante aos cuidados com a alimentação através da própria Terra, abre um leque importante de considerações educativas e ambientais que, notando pouco em minha matéria escolar de Filosofia, vou buscar até como referência de harmonia com a natureza, ou ao menos registro de sintonias que se restabelecem, grande “xis de questão” a aparecer e nos desafiar nas tantas esquinas de nossa História. Entusiasta, sustentar essa proposta como linguagem ambientalista no cotidiano me parece “tudo”, tudinho!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Blogue: uma inscrição no currículo urbano ou economia de correio eletrônico?


Importa é frequentar, e que a ficha caia em campo, sob uma guarda pública, publicar. Se as camadas textuais da idéia expressarem vozes coletivas, lidarem com o imaginário, ótimo, nível escolar.



Tendo acessibilidade diária à internet topamos com pencas de referências não só gráficas, bibliográficas e audiovisuais, mas referenciais humanos, entes queridos que dão uma letra, um sinal, uma informação, uma indicação, que eventualmente integra matéria de estudo, ou é projetada num paredão de sala de vídeo.



Arte ou urbanismo, como o recorte da conversa com uma funcionária pública por dentro da história das construções urbanas e seus estilos em correlação aos planos diretores e de desenvolvimento “ambientais”, musicalização ou entendimento coletivo já entre quatro paredes, na canção de Móveis Coloniais de Acaju “Lista de Casamento” e entrevista oportunizando tratarem de identidade coletiva e processo criativo, digamos, nas áreas de pré e pós-produção de repertório. Tal roque flagrado da própria TV, qual reportagem de passeio urbano ilustrado, são uns poucos exemplos do que se pesca e recomenda para alguns, mas na alta eventualidade de virem a calhar para as turmas médias ou normais, de chegados e de educadoras e educadores futuramente profissionais, registrar é preciso, e estas e outras efervescências blogueiras podem servir como nosso balaio, ritmando "notáveis" acontecimentos curriculares.



Se “existe a outra” efervescência? Há pistas dela, sim, como filha das fichas de leitura, declarações de professor (Paulo Ghiraldelli Jr.) flagrado no instante do estalo aos youtubes (vamos levantar e alinhavar suas colocações tocantes à liberdade e educação, etc.?!), assumindo a própria voz como de quem se reconhece socialmente, lidando com atualidades na matéria de humanidades pela filosofia, propondo cursos, sortes, institucionalmente e também escrevendo livros como “Introdução à Filosofia” que logra uma cronologia abrangente e com vários momentos palpitantes, que poderíamos estar aproveitando no desenvolvimento das montagens curriculares, como o material de certo professor de Limeira, também no estado de São Paulo, cujo texto já vem inclusive segmentado em lições de curso tocante à linguagem e referenciais basilares dos alertas filosóficos que se registram para cá e para lá do famoso “costas-largas” que inaugurou a mania de registrar, como se sabem, as falas mais ou menos questionadoras sobre o conhecimento.



Aqui pegamos mais leve, tocamos texto, sobre parcerias serem ou faltarem, mas os sumiços e distanciamentos dos outros também impõem que nos toquemos, batamos o caldo das letras de toque e troquemos atualidades na malha urbana e eletrônica, trans-metropolitana. Hoje, dia do amigo, real e virtuais desenharia essa fulô do dia da semana, de pétalas com pás de conexão, de letra, canção, metamorfose e paródia (de Noel Rosa) “O orvalho vém caindo, vem molhar o “meu chapéu”, e as estrelas sumindo, vão cantando aqui no cé-éu, tenho passado tão ma-al, a minha cama é uma folha de jornal”. Salvem diários de bordo de leitores, saudações libertárias, força&luz, etc.