sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

sentidos da aprendizagem que se imprimem aos documentos do trabalho escolar


No mais, o registro das questões “de onde viemos?” e “para onde vamos?” se reflete no que se esperaria de qualquer trabalho escolar enquanto documentação apreciável de um processo de aprendizagem: o que se pretendia (introdução), como se pensou isso (desenvolvimento), eventualmente com quais outros recursos se pensa também poder fazer (metodologia, quando há uma contribuição para novos caminhos, ou uma disposição de empregabilidade, e portanto a “grande novidade” geralmente reservada à academia, à ciência), e o que se avalia da experiência com o assunto (conclusão, geralmente recapitulando os balanços apresentados).


Ao menos uma apresentação introdutória do tema e da pesquisa ou do seu projeto em particular, com sua série de desdobramentos e desenvolvimentos, e uma conclusão correspondendo ao que se propunha na introdução, se praticavam nas minhas escolas fundamentais e ainda espero que saibam (ou aprendam a) fazer em escolas de ensino médio. Por exemplo, em Geografia íamos frequentemente mais a enciclopédias e almanaques do que aos próprios mapas, e basicamente trocávamos as expressões para não transparecer maior crueza da cópia ou “preguiça de pensar” (em História já alternávamos narrativas e descrições, levantando interpretações explicáveis, justificadas, dos acontecimentos).


Acredita-se (e imagino) que exercitar tais letramentos melhorem inúmeras outras modalidades da organização de saberes, mas que ao menos umas formalidades façam sentido, principalmente para os estudantes (aos quais tantos estamos mais diretamente voltados). Possuir parâmetros, afinal, também podem servir, multiplicando a força dos próprios exemplos, como modelos condizentes, para romper com eventuais vícios (já tão revoltantes) que nos submetem. Em termos de iniciação ou matéria de Filosofia, essas formas do “trabalho” organizam o caráter criativo do pensamento crítico, dinamizando comunicações e abrindo caminho para podermos falar/tratar dos meios, dos métodos (e enquanto atitudes, por sinal, e “cultura”).

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