sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Empregando a primeira pessoa... do plural.


Do que é que estamos “falando”?
Gente, épocas, e exibição de realizações e posicionamentos orientados literariamente e situados (social e politicamente) com respeito às transformações e aos conflitos da sua própria cultura ou civilização: por mais contagiante o assunto, cabe perguntar
Por que?
Os saberes tem sido usados como formas de domínio cada vez mais, e sensíveis (embora haja controvérsias), se alterando conforme os disputamos, enchendo ou montando feiras e exposições ou painéis puxando reflexões que podem até ser mais interessantes em segundos momentos do que na sua própria definição ou configuração inicial, mas no mínimo mobilizam atitudes e elaboram sim preferências e referências, posturas e linguagens (meditações e gestos, atos).
Minha resposta já aponta a outra, para probemas de tempo e práticas com diversas opiniões de qual seria o melhor momento para o que vale a pena: o que será melhor fazer – ou mesmo seguir batalhando para que eventualmente seja feito? Convenhamos serem questões raramente discutidas, mas não raro aludidas pelos estudantes em termos de discrepâncias irreconciliáveis ou, ainda mais escandalosamente, de divisões “naturais” entre os colegas e os convivas. Vale a resposta prática, que manuseia as fontes de documentação estudantil e escolar produzindo e aprimorando conhecimentos, como sugerimos, mais altas repercussões, em que se espera que os outros tenham prioridades que correspondam. Ao menos quando demonstram-se prioridades a envolverem “o outro”, operacionalizando a diversidade do seu juízo. Caso contrário acusamos as condições do tempo, das relações no trabalho, no amor, na sorte ou até mesmo nos estudos. Mas as prioridades deveriam supor (inclusive) objetivos satisfatórios mínimos e uma série de meios, talvez mais ou menos gratificantes, nas suas realizações – razão pela qual pode ser tão dramática, inclusive, a falha no entendimento dos sinais dos outros, ou a desmotivação para acordarmos expressões de boa intencionalidade e “bom gosto”, respeito e até eventualíssima exaltação.
A escola, ainda mais que o blogue, é um lugar de encontro e lida com a diversidade dos ajuizamentos e dos “juízos”, em que aprendemos a lidar com os tempos de cada atividade e correspondência, eventualmente em termos de notas correspondentes. Nossas produções são sempre datadas, e isso se pesa – conforme podem se enriquecer com as novas produções – para evitar privilegiamentos, tão somente. Dificuldades no planejamento e na própria previsibilidade abalam a credibilidade, um valor operacional do professor, que entretanto segue prometendo ajudar quem não larga mão de fazer por si a diferença, não desiste de comparecer e contribuir com sua letra, sua expressão de leitura, sua problematização e eventuais conclusões. Em forma de redações, cujas oportunidades mais comprometidas se dão em cada fraseado interrogativo lançado em aula (e aqui repercutidas), relatório de discussão em grupo, pesquisa, também de estilo coletivo, plural, ou mesmo individual, reportando pessoalmente a composição – digamos que de informes e posicionamentos – e/ou projeto em questão. Por exemplo, tematizei no parágrafo anterior um assunto ético/moral que bem pode ser apreciado, desenvolvido (e avaliado), através da pergunta:
Podemos esperar que os outros tenham prioridades que correspondam ao(s) nosso(s) valor(es)/objetivo(s), quando?

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